Em meio a multidão ela estava ali sentada. A escritora terminava seu depoimento. Todos aplaudiram menos ela. Por quê? Era uma jovem que igual a muitos naquele lugar venerava os livros e aqueles que os escreviam. Mas uma pergunta ainda incomoda: Por que ela não aplaudia? Era notável a sua satisfação perante tanta literatura e por que não batia palmas?Ela tomava nota de tudo que se falava, praticamente não piscava. Estava atenta. Minha curiosidade só aumentava. Outro escritor terminava sua fala. Todos aplaudiram novamente. Ela permaneceu quieta, parada. Tinha os cabelos longos e ruivos, aparentava uma jovem feliz. Ela continuava a tomar nota de tudo. Outro palestrante terminava e o ritual se seguiu. Aplausos e ela inerte a tal ação.
Não agüentei, me aproximei e com a voz branda perguntei por que ela agia de tal forma. Sua resposta veio imediata:
-Invejo-os!Eles sofrem e se expressam se alegram através da arte. Eu passo por tudo isso, sinto tudo isso e nunca tive essa idéia. ESCREVER. Descobri, hoje, a solução para minha angústia. Escrever.
Não agüentei, me aproximei e com a voz branda perguntei por que ela agia de tal forma. Sua resposta veio imediata:
-Invejo-os!Eles sofrem e se expressam se alegram através da arte. Eu passo por tudo isso, sinto tudo isso e nunca tive essa idéia. ESCREVER. Descobri, hoje, a solução para minha angústia. Escrever.
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