"Os que confiam no Senhor são como os montes de Sião, que não se abalam mas permanecem para sempre..."

domingo, 1 de agosto de 2010

Meu primeiro conto!

Há pouco tempo que ela morava naquela cidade. Para ser mais preciso tinha dois meses que havia deixado a casa de sua mãe para morar sozinha em pequeno apartamento em frente à praia. Seu próprio canto, seu próprio quarto, suas próprias coisas. Era bom sentir essa liberdade nunca sentida antes. Era tudo muito novo ainda, não tinha amigos apenas os conhecidos que moravam no mesmo prédio. A relação com eles não passava de um simples ‘bom dia’ e nada mais, sempre fora muito tímida, desde tempos do colegial que era uma jovem de poucos amigos. O real motivo do seu novo endereço foi um convite de trabalho em uma empresa de telecomunicações recém instalada na localidade. Como havia se tornado contadora á muito pouco tempo qualquer proposta seria bem-vinda.
O bairro que situava sua residência era conhecido pelas noites boemias e ruas bem movimentadas. Mas apesar dessas grandes atrações em torno da sua casa ela preferia ficar no seu sofá. Seu grande hobby era assistir novelas, observar as características de cada personagem; as mocinhas recatadas e apaixonadas por mocinhos tão lindos quanto à paisagem do mar que ela encontrava em sua janela ao amanhecer. Chegava do trabalho e acendia as luzes dos cômodos da casa:
- Odeio lugares escuros- dizia ela enquanto passava por cada ambiente da casa.
Ela chegava no mesmo horário de sempre do trabalho, abriu a porta da sala e começou a tirar os sapatos quando do corredor ela ouviu uma voz masculina dizer:
-Carol?É você?
Ela não reconheceu a voz, mas decidiu segui-la. Quando entrou no seu quarto logo colocou a mão no interruptor para acender a luz. Após fazer isso seu coração estremeceu ao vê-lo ali.
- Você aqui? O que quer?- disse Carol com a voz muito tremula.
Ele a abraçou. E então ela pode sentir a faca amolada que penetrava em suas costas. Agora seu corpo mórbido estendido no chão do quarto. Antes de seus olhos apagarem conseguiu apenas soluçar uma frase tão desesperada como a dor que sentia agora.
- Por quê?